Mais Resultados
Resolvi escrever esse relato, pois tem muitas pessoas me perguntando do parto e não tenho tempo para contar com detalhes e assim também é uma forma de dividir minha experiência.
Aliás, acho que o parto é um dos temas mais cheios de mitos e achismos equivocados que geram insegurança e medoem muitas famílias. Pois, infelizmente quem não tem uma história real real de um parto terrível, violento e sofrido para contar, não é mesmo? A minha escolha pelo parto domiciliar foi feita com muita responsabilidade através de muito estudo e pesquisa (livros, artigos, vídeos, relatos, filmes, documanetários, palestras e curso). Eu e meu marido estudamos e decidimos cada detalhe juntos. Me sentia segura, tranquila e amparada.
(…) Lá pelas 7 horas da manhã resolvi levantar para tomar café da manhã. Senti como se fosse uma cólica que vinha e passava. Já não conseguia comer direito. Mesmo assim eu não estava acreditando que o negócio tinha começado para valer… achava que poderia ser uma alarme falso (pródromos) e que de uma hora para outra iria parar. Mas não! Era trabalho de parto valendo mesmo. E as contrações foram ficando mais próximas com duração maior. Pelas 9 horas coloquei a bola de pilates dentro do box do banheiro e fiquei embaixo do chuveiro na água morna. Pelas 11 horas chegou minha doula. Quando a vi chegando na mkinha casa senti que tudo aquilo que eu estava vivendo era de verdade mesmo. Ela foi deixando o ambiente com luz mais baixa, com velinhas. Fui oxilando entre chuveiro, bolsa de agua quente no baixo ventre, rebolar na bola e respiração durante as contrações. 12 horas chegou uma das enfermeiras (Grazy) e fez o primeiro exame de toque, estava com 6cm para 7cm de dilatação e colo uterino “fino como um papel” nunca vou esquecer disso. O Felipe fez massagens nas minhas costas e tivemos muitos momentos de beijos e abraços. Temos que liberar muita ocitoxina para o parto evoluir, o hormônio do amor. Pelas 14 horas a outra enfermeira obstétrica (Cíntia) fez outro exame de toque e estava com 9 cm de dilatação e bebê muito bem encaixado. Ai meu coração, estava tão perto!
E eu pensand com meus botões: Cadê aquala dor insuportável que muitas mulheres relatam se eu já estou com 9 cm de dilatação?!?!? Como nível de dor é algo muito individual não é mesmo? A do parto ainda mais. Ah mas então não doeu? DOEU sim, dentro do meu limiar de dor. Mas achei que doesse muito mais. Sabem aquele kit que deixei pronto para usar para aliviar a dor? Não usei, nem lembrei… Estava na Partolância. As fotos mostram muito bem os momentos de descontração, veleza, risos, acolhimento e respeito, intecalados com minhas caretas de dor. E entre forças de idas e vindas, uma hora veio uma contração mais forte e aproveitei para fazer uma força mais longa; pensei
“agora saiu toda a cabecinha” mas para minha surpresa ele saiu todo de uma vez! As 16h 45 meu mundo parou. O Felipe pegou e me entregou. Bem-vindo meu filho! É muita emoção! Em alguns segundos escutamos aquele primeiro chorinho. Palavras nunca serão suficientes para explicar o que senti durante e no final desse parto. Sensação de vida que pulsa, de força da natureza, de plenitude e realização. Eu estava em êxtase, paralizada de emeção. o Felipe chorava. Ali ficamos um pouco, nós 3 unidos, contemplando a chegada do nosso filho. logo nos levantamos da piscina, eu com o Lucas no colo ainda conectado pelo cordão na placenta. Então fomos nos deitar e nos curtir, nós 3, vivendo a “hora dourada”. Contato pele e pele, silêncio, conforto, sentindo nossos cheiros e calor. Só tenho a agradecer ao universo a oportunidade de viver algo tão intenso e transformador em nossas vidas! A minha equipe “de rainha” de todo meu coração GRATIDÃO! o trabalho humano que vocês realizam muda o mundo. Ninguem trabalha só POR amor, mas todas nós podemos trabalhar COM amor. E essas fotos da Beta, quanta sensibilidade e olhar atento para capturar momentos tão marcantes. Quando vi as fotos pude reviver esse dia tão maravilhoso. Muitas pessoas falaram: Que coragem! Vejo como um elogio. Pois nesta vida é preciso coragem mesmo. Coragem para viver aquilo que acreditamos, coragem para viver aquilo que faz sentido para nós. Há um tempo atrás vi uma frase que me tocou muito: “Os dois dias mais importantes da sua vida são o dia em que você nasceu e o dia em que você descobre o por quê (Mark Twain). Quero que meu filho saiba que para o dia em que ele nasceu fizemos tudo em que acreditávamos para lhe proporcionar um dia especial. E para ele descobrir o porquê nasceu terá uma vida toda com todo nosso apoio e muito amor. Para nós sua chegada neste mundo nos faz querer sermos melhores todos os dias. Nos faz sentir aquele amor que não tem como explicar, mas que dá sentido a tudo.
Minha equipe:
Parteiras e enfermeiras obstétricas Grazy e Cíntia, do Equipe Parteria.
Doula Jamile Maluf do Centro Bem Nascer
Fotógrafa: Roberta Castilhos da Beta Imagens
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |