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Sabemos que a realidade de mulheres e de homens no mercado de trabalho e no mundo dos negócios é discrepante. Os dados referentes ao período de pandemia, indicam que a afirmação está correta. Em 2020, enquanto foram geradas quase 108 mil vagas para homens, cerca de 220 mil postos que eram ocupados por mulheres foram fechados.
As contratações por carteira assinada sobem para homens e na contramão caem para as mulheres. Alguns motivos podem ser atribuídos, como a responsabilidade das tarefas domésticas ficarem a cargo, em maior parte, com as mulheres. “Isso impacta diretamente na hora da contratação. Por isso, aqui no estúdio a equipe é 100% feminina. Faço com o objetivo de fazer uma reparação, sabe. Já contratei mulheres grávidas, que sequer seriam aceitas nas empresas, justamente pela condição da gestação”, afirma Roberta Castilhos, fotógrafa, doula e proprietária do Estúdio Beta Imagens.
Conforme uma nota técnica do Ministério da Economia, setores como comércio e serviços foram os mais impactados com fechamento de postos de trabalho em função das medidas de distanciamento social. Esses segmentos são os que contam com o maior percentual de mulheres, afirma o documento. No período que antecedeu a pandemia, as mulheres representavam 40,75% dos contratos com carteira assinada e os homens 59,25%. Após a pandemia, as demissões contabilizam 47% para mulheres, enquanto para homens somam 53%.
O cenário apresentado mostra um recorte do período de pandemia e nos auxilia a refletir sobre: por que mulheres recebem remuneração inferior aos homens mesmo estando nos mesmos cargos? Por que as tarefas do lar são feitas pelas mulheres e não são remuneradas? Por que o cuidado da casa e dos filhos está sob a responsabilidade das mulheres?
Vale lembrar que a formação profissional é fator determinante para a ascensão na carreira e do aumento do salário. Mesmo tendo escolaridade superior à dos homens, as mulheres ganham 20% a menos, pondera a Pesquisa Profissionais da Catho. Nesse sentido, fica nítido o descompasso em função do gênero. O que coloca a maternidade como o motivador dessas desigualdades.
“Com a maternidade vem a responsabilidade dos cuidados com os filhos e isso gera uma discrimanação que acaba pesando para as mulheres. O único caminho é que os pais participem da rotina das crianças e dividam as tarefas”, comenta Roberta.
Quando questionadas, 30% das mulheres que participaram do levantamento feito pelo Catho, um universo de 2,3 mil, responderam que já deixaram o mercado de trabalho para cuidar dos filhos. Porém, quando a mesma pergunta é feita para homens, o número cai quatro vezes, chegando a 7%. Para entendermos melhor a problemática, a mesma pesquisa sinalizou que os principais receios por parte das empresas é que elas faltem ao trabalho caso os filhos adoeçam (48%), peçam para chegar mais tarde devido a reunião na escola (24%) e que se atrasem em função da exaustão da rotina (10%).
Com a divisão das tarefas, o cenário muda completamente para as mulheres. É preciso lembrar que nasce uma mãe, mas que ela segue sendo uma profissional e necessita de uma rede de apoio para manter a sua carreira. Nesse sentido, a família é essencial, principalmente após a licença-maternidade.
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