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Concepção surpresa, mas muito desejada. Gestação tranquila. À medida que a barriga ganhava forma, eu imergia no “mundo gestar”. Planejadora e ativa como sou, tive o privilégio de conseguir fazer tudo o que quis para preparar a chegada do meu filho. Viagens, chá de bebê (com diteito a 3 edições), enxoval consciente e o mais sustentável possível (consumo circular das roupinhas e acessórios, fraldas de pano, lencinhos biodegradáveis e por aí vai), yoga e meditação matinal, pilates, drenagem linfática, caminhadas, alimentação saudável (fora as escapadelas para o docinho). Entusiasmada, logo empilhei na mesinha de cabeceira livros interessantíssimos sobre bebês e maternidade. Muni meu celular de aplicativos para acompanhar as fases da evolução do bebê na barriga da mamãe. Conversas e partilhas com amigas. Meu acompanhamento pré-natal foi cercado de cuidados. Médicas maravilhosas me acompanharam. Para o parto, comecei a me preparar desde o início. Seria natural, humanizado, sem intervenções, com minha doula maravilhosa, luz baixa, velas, músicas selecionadas, óleos essenciais, massagem, fotos e filmagem para registrar o momento, suporte do Alê. Protagonizei esse momento cercada de atitudes e invocações para o parto normal. Até que chegou a ecografia da 28 semana. Pedro sentou! Na época, nem me abalei…comecei a fazer tudo o que sabia para incentivar ele a virar e encaixar. Acupuntura, mosha, osteoptia, exercícios, meditações, homeopatia. Mais rodas de conversa. Até que, já em torno das 36 semanas, sonhei com o Pedro saindo pela minha barriga. O sonho foi um pouco bizarro, pois os tecidos da minha pele se “dissolviam” para ele sair, sem dor e com muita facilidade; assim ele apareceu nos meus sonhos (seria um presságio?). Não dei muita ênfase porque acreditava que teria o parto normal, com ele encaixadinho, após dar uma cambalhota. Na 38a semana, tomamos a decisão de que eu iria parir sob os cuidados de uma médica muito, mas muito, amorosa e humana. E eu não estaria no controle dessa vez! O parto não era meu! Pedro é que decidiria como viria ao mundo! A mim, caberia unicamente aceitar e ser o canal para a chegada dele. Respirei. Pedro seguia sentadinho na barriga da mamãe. Foi quando me dei conta do medo que sentia da cirurgia cesariana. Precisava de ajuda. Não seria o parto sonhado. Pedrinho seguiu sentado, já ensinando a mamãe a soltar e entregar, de verdade, de coração, corpo e alma. Deixar ser como tiver que ser. Tive que olhar para o medo do procedimento cirúrgico, lidar com ele, pois primeiro filho pélvico demanda cautela e decidimos não correr os riscos do parto normal. Então, pouco a pouco, fui entrando no ritmo dessa dança que a vida me tirou para bailar. Com 39 semanas e 6 dias, em 09.09.19, às 23h17min, Pedrinho chegou. É verdade que conseguimos uma janela astral auspiciosa para recebê-lo, para o que contamos com o auxílio de um amigo astrólogo muito querido (e com a boa vontade da nossa anja médica, de encontrar um horário adequado na agenda do hospital). Dessa vez, não tive como fugir, nem interferir nos planos. Não fiz força para parir, não senti o momento expulsivo. Tive que lidar com a frustração de ter feito tudo para o parto normal acontecer e não dar a luz da forma como a natureza nos preparou. Mesmo atenta para não criar expectativas, fiquei sim com uma pontinha de frustração, reconheço, porque quis muito sentir a dor da dilatação. Porém, o meu parto não poderia ter sido mais adequado. Foi humanizado. Sublime. Emocionante. Envolto de Amor. Caminhamos de mãos dadas, Alê e eu, para o bloco cirúrgico. Ríamos de tanto nervoso, não acreditando que o momento tão esperado estava acontecendo. Minhas vontades foram todas respeitadas. Ele chegou à meia luz, foi colocado pele a pele comigo imediatamente, mamou nessa primeira hora de ouro, ficou coladinho no meu peito durante toda a minha recuperação. O papai cortou o cordão umbilical assim que parou de pulsar. Alê ficou o tempo todo nos amparando e transmitindo segurança. Éramos somente nós naquele instante. Um Amor puro, que jamais havia sentido, transbordou. Tudo fez sentido. O olhar do nosso filho para cada um de nós nos fez compreender o significado desse milagre que é gerar uma vida. Imediatamente após recebi o colo da minha família. Intervenções, no nosso caso, foram sim necessárias. E a cabecinha dele, presa, demandou um pouco de manobras. É verdade que senti como se um trem tivesse passado por cima de mim, depois do parto. É uma intervenção bastante impactante no corpo da mulher. Eu mal conseguia me mexer e precisava cuidar do anjinho que acabara de chegar. Tive todo o apoio necessário para isso. Muita gratidão pelos cuidados recebidos! Hoje, passados 50 dias, vejo que, se assim foi, foi porque mais adequado para o meu crescimento. Seguirei sempre fazendo o que está dentro do meu campo de ação para vivenciar o que acredito. E nisso darei o meu melhor! Contudo, trago comigo hoje uma flexibilidade maior que me permite encarar os episódios da vida com um pouco mais abertura, mais beleza e mais leveza. Essa elasticidade que está crescendo a cada dia na minha consciência reverbera – abre e aceita tudo o que o universo coloca na sua vida. Atenda aos chamados, como eles se apresentam! Sinta o quão prazeroso pode ser o friozinho na barriga de viver o desconhecido. Aí não cabe controle. O caminho se torna rico, mais leve, mais fluído, mais natural. Tal como foi nosso parto, a partir do momento que o abracei: adequado para a nossa condição! E ele chegou saudável e com um calorzinho delicioso de sentir. Muito grata por ter a oportunidade de vivenciar tudo isso! Pronta para a próxima aventura! Agora com Pedrinho nos braços!
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