Mais Resultados
Oh, a storm is threat’ning
My very life today
If I don’t get some shelter
Oh yeah, I’m gonna fade away
É necessário morrer um pouco para se tornar mãe. Morremos e renascemos abrigo para outro ser.
Antes dos filhos, éramos apenas a nuvem que antecipa a tempestade, mas nos faltava o raio, o trovão e a água da chuva vertendo dos céus.
Precisamos chover para nos tornarmos mãe-abrigo. A maternidade reúne nossas águas, do líquido onde flutuam os filhos às lágrimas que escorrem de nossos olhos, somos água, somos abrigo.
Carregamos em nosso íntimo a força milenar das mulheres que antes de nós também desaguaram suas águas para que hoje estivéssemos aqui protagonistas de nossas histórias como mães.
A verdade é que quem tentar entender a maternidade sem compreender o que é tornar-se abrigo de outro ser não terá compreendido a totalidade desse evento.
Chovemos nossas águas na espera, na angústia, nos exames, nas consultas médicas. Chovemos e nos exaurimos na transformação de mulher em mãe. Lavamos com nossas águas o passado onde éramos apenas filhas para desaguarmos nosso rio no mar que é a maternidade, no caos, no incerto das ondas e no desconhecido do mar aberto.
E é nesse derramar de águas que nossos corpos desvelam abrigos. Do calor morno do seio que alimenta ou da mão que banha, somos abrigo. No consolo do choro e no debruçar-se sobre o berço, somos abrigo desses seres que nos escolheram como mães. Nossos ouvidos são abrigo quando desvendam o segredo escondido no choro e aprendem a diferenciar suas causas.
A tempestade que choveu vertendo água dos céus nos transformou em mães, seres de águas infinitas, cujas águas vamos derramar pelo joelho ralado, pelo primeiro amor não correspondido, pelas decepções desse mundo todo.
Então, das águas que choramos por nossas crias se revela a força do abrigo materno. Somos a força da tempestade e o conforto do abrigo.
No abrigo guardamos o abraço e o “vai ficar tudo bem” que é o bálsamo para os males dessa vida. Temos no abrigo de nossos corações o exato tamanho do infinito e nossos braços são o conforto de que precisam nossos filhos depois que a tempestade passa.
Texto de Helena Garcia Sisto da Silva Lima
Mãe do Francisco
Cookie | Duração | Descrição |
---|---|---|
cookielawinfo-checkbox-analytics | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Analytics". |
cookielawinfo-checkbox-functional | 11 months | The cookie is set by GDPR cookie consent to record the user consent for the cookies in the category "Functional". |
cookielawinfo-checkbox-necessary | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookies is used to store the user consent for the cookies in the category "Necessary". |
cookielawinfo-checkbox-others | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Other. |
cookielawinfo-checkbox-performance | 11 months | This cookie is set by GDPR Cookie Consent plugin. The cookie is used to store the user consent for the cookies in the category "Performance". |
viewed_cookie_policy | 11 months | The cookie is set by the GDPR Cookie Consent plugin and is used to store whether or not user has consented to the use of cookies. It does not store any personal data. |