Meu primeiro filho nasceu de parto normal, mas da forma tradicional: deitada o tempo todo, sem comer, nem beber, luzes acessas, tive episio, etc. Meu marido ficou o tempo todo comigo, mas senti muita dor nas contrações. Fiquei feliz em ter meu bebê nos braços e ao mesmo tempo aliviada de ter acabado toda aquela dor. Achava que não teria mais filhos depois de passar por tanta dor! 

Quando comecei a pensar que teria outro filho, decidi que seria diferente! Comecei a me munir de informação e fui atrás de indicações dos profissionais. Decidi que teria uma doula, que iria mudar de obstetra e procurar uma que apoiasse o parto humanizado. 

Então, numa quinta-feira chuvosa, 25 de abril de 2019, dia em que entramos nas 38 semanas, após dias de pródromos prolongados, Daniel resolveu vir ao mundo! Minha doula, Janaína, chegou em nossa casa no final da manhã e foi incansável em nosso acompanhamento e assistência. Daniel estava com pressa de vir ao mundo e as contrações aumentavam de frequência e intensidade rapidamente. 

Dessa vez, tudo corria de forma diferente no trabalho de parto no hospital: pouca luz, pude escolher as posições que me sentia mais confortável, recebi massagens da minha doula e do meu marido que ajudaram bastante a suportar a dor das contrações. Pude me sentir à vontade, usei meu próprio “top”, tomei água para me manter hidratada… 

A bolsa estourou pouco tempo depois do trabalho de parto no hospital. As contrações se tornaram ainda mais fortes, e algum tempo depois, lembro de começar a sentir vontade de fazer força… Eu estava entregue por inteiro, meu suor escorria pelo corpo todo, realizei alguns puxos tentando controlar um pouco a força a fim de evitar uma laceração, então a cabecinha dele saiu… No entanto, não consegui evitar a laceração e acabei amolecendo um pouco o corpo devido a já estar muito cansada e com dor pela laceração. Porém, nesse momento, a obstetra pediu que eu fizesse força, pois o cordão umbilical era curto, e o bebê ficou um pouco pendurado pelo cordão. Então, nesse instante, apesar de exausta, reuni minhas forças – física e interior – e totalmente entregue, num grito espontâneo e selvagem, empurrei meu bebê para o mundo! Então às 16h06min Daniel nasceu! Foi intenso, foi rápido e emocionante! As lágrimas rolaram quando Daniel veio para os meus braços. Nesse momento eu era uma fêmea, que acabara de parir seu filhote. Exausta, mas plena e realizada! Daniel logo pode dar sua primeira mamada. Foi lindo ter conseguido trazer o Daniel ao mundo de uma forma gentil, amorosa e respeitosa! Pude ressignificar a minha experiência do meu primeiro parto. Só tenho a agradecer a toda equipe do hospital, a minha obstetra, Dra. Karla Browers, a minha doula, Janaína de Paula e ao meu marido e parceiro, Rafael. 

Parir é estado de presença, se entregar por inteiro, sentir-se um pouco “bicho”, seguir seus instintos, ser vulnerável e corajosa ao mesmo tempo! É uma experiência como poucas para se levar para a vida toda!

Olhando as fotos do parto hoje, nem lembro mais da dor. Só lembro do quão intenso foi esse momento e como é maravilhoso poder revivê-lo através das fotos! A Beta Imagens foi maravilhosa em poder captar cada momento único vivido nesse dia, conseguiu eternizar para sempre esse dia especial em nossas vidas. Gratidão! 

Cíntia Philipp

38 anos

Mãe do Henrique (5 anos) e do Daniel (9 meses)

Coach, Praticante de Thetahealing® e Barras de Access®