De notícias e não notícias faz-se a crônica, diz Drummond. Da mesma maneira, de histórias e não-histórias faz-se a velhice. Afinal, o que compõe essa fase não é de maneira nenhuma todas aquelas coisas clássicas, lugares-comuns, tricôs, cadeiras de balanço e cházinho com bolacha final de tarde – apesar de também. Ao fim e ao cabo, não somos pessoas totais, medindo ações cem por cento do tempo. Ainda bem, não? Ao menos é isso que se aprende com o tempo. 

Por mais verdade que isso seja, também é verdade que é a mais profunda mentira. Ao menos quando se trata de nossos netos. Tudo que pensamos em nossos filhos, erramos em nossos netos. Doce antes do almoço? Pode, vai. Brinca com as rugas do vô, eu não sei – ainda – porque meus cabelos ficam brancos. Brinca com toda essa urgência de te aproveitar que eu não tive com meus filhos; talvez porque eu sabia que ao virar a esquina, ainda teria muita calçada. Hoje, já não sei. Quem sabe se eu segurar tua mão ainda firme, ainda tão nova, eu seja também eterno. Talvez porque aqueles pra quem já fui criança já foram embora há muito tempo – e por ter amado tanto, te amo tanto. 

Tempo. É um dos deuses mais lindos, com certeza. Feliz dia dos avós

Fotografamos carinho e entendemos que a relação entre neto e avô é puro amor. Pensando nisso desenvolvemos um mini ensaio para o mês de julho. Netos (as) e avôs (as) venham até a Beta e regitrem esse amor!*

* informe-se valores e tempo de duração pelo whats (51) 98116-0789